Nos últimos 5 anos tenho trabalhado com famílias abordando o comportamento negativo e agressivo de seus filhos como desobediência, gritos, desrespeito, bater. Pude perceber que muitas vezes esses comportamentos não desejados é a maneira que a criança encontra para expressar como estão se sentindo. Sentimentos como frustração, ansiedade, desespero e raiva, podem ser consequências de fome, cansaço, saudades, ter uma pessoa nova no seu meio. Crianças pequenas nāo têm a inteligência emocional ou palavras suficientes para poder expressar suas frustrações.

Um exercício que os pais podem praticar nas horas de frustração com suas crianças é de respirar fundo e tentar entender o que está por trás do mal comportamento. Considero isso um exercício porque eu ainda tenho que praticar esse frequentemente e as vezes eu me frustro depois de enxergar que o meu filho estava com raiva simplesmente porque tinha com fome.

Uma vez identificado a razão do mau humor do seu filho(a), você se sentirá menos frustrado(a) e apto(a) para contornar a situação. Se esse mal comportamento dele(a) não é algo que você possa ajustar facilmente (como por exemplo dando comida ou colocando a criança para dormir) o próximo passo será conversar com ele(a) explicando que você entende o que ele(a) está sentindo, compartilhando com ele(a) os seus sentimentos sobre o mesmo problema, sempre mantendo uma voz calma, tentando acalmar a criança com um abraço ou carinho (se a criança gosta de ser tocada).  

As crianças aprendem de várias maneiras, mas uma forma importante é a observação. Você provavelmente já deve ter visto isso com tantas imitações que as crianças fazem o tempo todo, por isso é importante mostrar para elas o quanto respirar fundo e manter a calma frente a situações difíceis. Quando os pais pedem desculpa, ajuda as crianças entenderem que os adultos também erram. Sendo assim podemos concluir que nós (pais) somos a primeira e mais  importante ferramenta para o aprendizado dos nossos filhos.